Só é vencido quem desiste de lutar

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Mai 10

Estamos a viver um momento importante para o nosso futuro colectivo em que o início dos trabalhos conducentes à definição da estratégia em que irá assentar a Política Agrícola Comum no período 2013-2020, nos obriga a estar atentos e a disponibilizar os contributos para um processo que deve ser partilhado e obter um consenso alargado.

Considerando a multifuncionalidade associada aos espaços rurais, a crescente relevância que exercem no contexto do desenvolvimento económico e social dos países e o papel que estas regiões podem e devem desempenhar na resolução dos muitos problemas que a actual crise financeira veio evidenciar, entendemos que é fundamental o reconhecimento da sua importância consubstanciado no reforço da expressão que actualmente assume o 2º pilar da PAC, o Desenvolvimento Rural.

Estes são espaços de oportunidades, económica e socialmente viáveis, que devem ser merecedores da melhor atenção por parte das políticas futuras.

Pela experiência detida na dinamização de projectos de desenvolvimento local e rural, somos defensores das estratégias que emanam de quem conhece em profundidade as realidades e especificidades locais e da implementação de instrumentos de política alicerçados na participação dos parceiros locais, que devem estar reunidos em torno de uma parceria forte e coesa. A aplicação do princípio da subsidiariedade garante uma optimização dos resultados obtidos.

Neste aspecto a consolidação da metodologia LEADER, que tão bons resultados tem sido capaz de produzir, é um património que deve ser preservado. Depois de quase 20 anos a promover competências que se fixaram nos Territórios, ganhando confiança junto das populações, torna-se “obrigatório” que o capital adquirido pelas Associações de Desenvolvimento Local seja rentabilizado e que estas estruturas da sociedade civil tenham uma intervenção mais forte e activa não apenas nos processos de desenvolvimento rural, mas também em outras áreas e sectores importantes para estas regiões e para a coesão nacional.

Neste período foi possível enraizar e consolidar modelos de intervenção, assentes em parcerias alargadas e participadas em que as várias sensibilidades dos territórios estão representadas e contribuem, em conjunto, para alcançar objectivos comuns que vão ao encontro das reais necessidades das pessoas e da promoção do seu bem-estar.

 

* Excerto da intervenção proferida na "Mostra Saberes e Sabores da Nossa Terra"

publicado por miguelventura às 22:58

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