Só é vencido quem desiste de lutar

31
Dez 13

Paz e Saúde estão sempre presentes nos votos que todos formulam para o Ano Novo que se aproxima.

Reiterando estes desejos como principal prioridade, sinto-me impelido a manifestar um conjunto de outras aspirações que gostaria de ver concretizadas em 2014 e que considero relevantes para o bem-estar colectivo:

Que a Europa recupere os valores e princípios fundadores de Jean Monet e Robert Schuman, alicerçados na cooperação e solidariedade entre os povos, recolocando-os como principal guião dos caminhos a trilhar na construção de uma Sociedade mais justa e igualitária, expurgada de dominadores e dominados;  

Que a situação económica e financeira do País beneficie das melhorias que nos são prometidas, possibilitando que sejam aliviados os enormes sacrifícios exercidos sobre os portugueses, sobretudo sobre os mais vulneráveis;

Que sejam implementadas medidas de estímulo à economia, geradoras de emprego e de riqueza, dando a oportunidade aos jovens de colocarem as suas competências ao serviço do seu País;

Que a verdadeira entreajuda entre os mais fortes e os mais fracos seja concretizada através de medidas equilibradas que promovam e reforcem a coesão social entre os cidadãos;

Que a promoção da inclusão seja uma prioridade de quem tem responsabilidades de definir estratégias colectivas de desenvolvimento, onde os cidadãos e os seus problemas estejam efectivamente no topo das suas preocupações, através de actos concretos e não apenas de palavras;

Que a volúpia de litoralização do País que caracteriza o actual Governo, seja substituída pela adopção de politicas publicas efectivas que discriminem positivamente os territórios do Interior e façam acreditar a quem aí vive que o futuro existe e poderá ser risonho;

Que a Beira Serra se apresente como o espaço de inovação e competitividade, a que tem direito no contexto regional e nacional e veja serem concretizados os investimentos essenciais ao seu desenvolvimento;

Que todos os cidadãos e famílias deste País, alcancem em 2014 os objectivos pessoais a que se propõem, com a esperança e confiança de que os tempos vindouros trarão mais igualdade e justiça social.

Que no final de 2014, o optimismo sobre o futuro colectivo do País se tenha sobreposto à descrença e desconfiança que reinam na actualidade.

Um Bom Ano para todos os leitores do Diário de Coimbra.

 

Publicado no Diário de Coimbra de 31.12.2013

 

publicado por miguelventura às 20:00

17
Dez 13

Anualmente, neste período, as Autarquias elaboram e apresentam as suas linhas estratégicas de actuação para o ano seguinte, traduzidas nas GOP e Orçamentos.

Os eleitores, com base num programa apresentado para quatro anos, naturalmente abrangente e genérico, conferem aos Executivos a legitimidade para elaborar esses Planos e Orçamentos, sem que para tal seja necessário promover qualquer debate publico, esgotando-se a sua participação no momento do exercício do voto.

É inequívoco que este factor provoca um progressivo afastamento entre eleitos e eleitores, criando barreiras que dificultam o entendimento e a compreensão pela tomada de determinadas decisões, pelo que é fundamental aplicar novos modelos de intervenção que contrariem esta realidade.

Recorrentemente também se invoca a existência de uma crise de democracia na medida em que há um elevado deficit de envolvimento das populações na vida comunitária que se reflecte no seu alheamento face ao que as rodeia e influencia, emergindo a necessidade de promover o reforço do exercício da cidadania e da maior participação cívica das pessoas no contexto local.

Uma das soluções preconizadas e cuja aplicação se tem vindo a generalizar nos últimos anos, é a implementação do Orçamento Participativo, sendo já algumas dezenas os Municípios e Freguesias portugueses que tiveram a coragem de o pôr em prática, com resultados extremamente positivos.

Esta forma de elaborar o Orçamento implica que os Autarcas abdiquem de parte do seu poder em favor da maior responsabilização das comunidades locais, que definem a aplicação de determinados recursos, através da apresentação de propostas concretas que, depois de analisadas e votadas, são incluídas no Plano.

É assim conferida à Sociedade Civil a possibilidade de, ela própria, determinar as áreas para as quais serão canalizados esses meios disponibilizados pelo orçamento autárquico, ajudando a resolver problemas de forma mais célere e eficaz na medida em que envolve os próprios beneficiários na sua resolução.

Não existem cidadãos de pleno direito se não forem dadas as condições que lhes permita colaborar activamente no desenvolvimento da sua aldeia, freguesia ou concelho.

Através da implementação do Orçamento Participativo os cidadãos são ouvidos e têm opinião para além da que lhe é conferida nos actos eleitorais, num processo evolutivo que contribui para reforçar a sua motivação na construção de um desenvolvimento mais harmonioso e sustentado, porque mais participado e mais democrático.

 Assim haja vontade e querer em o tornar uma realidade!

 A todos os leitores e colaboradores do Diário de Coimbra, formulo os votos sinceros de um Santo e Feliz Natal.

 

Publicado no Diário de Coimbra de 17.11.2013

publicado por miguelventura às 20:00

03
Dez 13

É consensual que a melhoria das qualificações das populações constituem um factor decisivo para o aumento da competitividade das Regiões, para o desenvolvimento económico e social do País e consequentemente para a qualidade de vida das pessoas.

As prioridades desenhadas no novo quadro Portugal 2020, estão aí para o confirmar!

Para tal, é fundamental criar condições para a fixação de competências técnicas qualificadas nos territórios de baixa densidade, de modo a capacitar o tecido empresarial e estimular o empreendedorismo de base local, para valorização do seu potencial endógeno, processo facilitado por uma ligação intensa e próxima ao Ensino Superior.

Foi isto mesmo que concluiu o Congresso da Beira Serra, ao considerar de extrema importância a criação de redes de conhecimento que integrem os parceiros locais, nas quais a ESTGOH, se apresenta como o centro de excelência de inovação e qualificação de um vasto Território com reconhecido potencial de desenvolvimento.

 A existência de um estabelecimento de Ensino Superior próximo das populações facilita o seu acesso às fontes do conhecimento, sobretudo dos que, em época de austeridade, não têm condições económicas, pelo que é do superior interesse da Região da Beira Serra criar de um “cordão” de protecção à ESTGOH, constituído por cidadãos, tecido económico e social e Autarquias, demonstrando a sua relevância para a promoção da coesão territorial e social desta Região de Interior.

Para a implantação alargada desta Escola do IPC no contexto da Beira Serra é essencial que, desde já, sejam garantidas todas as condições que a tornem atractiva, aumentando a capacidade de acolhimento de alunos e professores, através da dinamização cursos em áreas que respondam às necessidades deste Território e às perspectivas criadas com a estratégia de desenvolvimento a implementar nos próximos anos.

Pela importância que o assunto merece, a criação de um “lobby” regional – que vai ganhando forma - em torno na defesa deste projecto, confere-lhe a dimensão e a escala que, por certo, justificará a consolidação deste objectivo colectivo, na medida em que está em causa o futuro dos nossos jovens e consequentemente de toda a Beira Serra.

O reforço e a valorização inequívoca da ESTGOH na Beira Serra, é também um importante desafio e teste à solidariedade territorial da nova CIM Região de Coimbra, que assim tem a possibilidade, e a responsabilidade, de demonstrar que está disponível para construir uma Região mais forte, mais coesa, mais competitiva, baseada na descentralização dos serviços, onde todos devem desempenhar o seu lugar, não em concorrência, mas em complementaridade.

 

Publicado no Diário de Coimbra de 03.12.2013

 

publicado por miguelventura às 20:00

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