Só é vencido quem desiste de lutar

22
Abr 14

Durante estes dias decorrem nos vários Municípios da Beira Serra iniciativas tendentes à promoção da formação, da qualificação e do emprego junto do publico mais jovem desta Região.

As feiras de emprego e os concursos municipais de empreendedorismo têm vindo a assumir uma importância crescente na estratégia regional de combate ao êxodo da população jovem e ao despovoamento deste território, principal constrangimento ao seu desenvolvimento sustentado, ao despertar os mais jovens para uma realidade que os irá afectar num futuro próximo e para a qual têm de estar mais bem preparados.

Aproximar os mais jovens da oferta formativa alternativa ao seu percurso escolar, como forma de combater o precoce abandono escolar, aumentar as sua qualificações e alertar para as oportunidades que estimulem o seu espírito criativo e empreendedor, permitindo-lhes concretizar ideias e projectos de vida alicerçados no potencial da região, constituem-se como os principais objectivos associados a estas iniciativas.

É consensual que as áreas da Educação, Formação e Emprego se apresentam como pilares básicos para o progresso de uma Região ainda muito caracterizada por índices de escolaridade e de qualificação dos seus recursos humanos inferiores ao desejado, facto que condiciona a sua competitividade numa economia aberta e global e a própria liberdade e autonomia dos cidadãos.

Daí que a realização destes eventos envolva um conjunto significativo de parceiros locais preocupados com esta temática, que actuam de forma concertada e complementar, colocando as suas competências e experiências à disposição de quem mais necessita de apoio, num processo facilitador da inserção dos mais e menos jovens no mercado de trabalho, sobretudo através do desenvolvimento de iniciativas empresariais inovadoras facilitadoras da criação do seu próprio emprego.  

E os resultados, embora algo tímidos, têm vindo a surgir, já que se assiste a uma cada vez maior predisposição dos jovens e dos desempregados em assumir os riscos associados ao desenvolvimento da actividade empresarial e em saber aproveitar as ajudas que lhes são disponibilizadas.

Na Beira Serra existem hoje exemplos de excelência, demonstrativos de que é possível transformar problemas em oportunidades, nomeadamente em novas formas de emprego e de inserção na vida activa, numa atitude pró-activa e empreendedora associada a cada cidadão, que não se desmotiva perante as adversidades da vida nem espera que outros lhes resolvam todos os seus problemas.

É este o caminho que tem de continuar a ser trilhado, de modo a contrariar a tendência actual de abandono do Interior, evidenciando que aqui há pessoas que não se resignam, nem aceitam uma posição subalterna face a outros territórios.

 

Publicado no Diário de Coimbra em 22.04.2014

publicado por miguelventura às 20:00

08
Abr 14

Decorreu no Algarve mais uma edição do Rali de Portugal, prova pontuável para o Mundial, que naturalmente trouxe à memória os gloriosos tempos em que Arganil e região andava nas “bocas do mundo” por ser palco das melhores classificativas do Mundial de Ralis.

Muito se tem falado sobre o regresso deste evento ao seu “habitat natural”, o Centro e Norte de Portugal, aproximando-o dos aficionados e dos locais que ainda hoje fazem parte da sua história e em muito contribuíram para que durante vários anos tivesse sido considerado como o melhor Rali do mundo.

Quem já não ouviu falar da Casa do PPD, do Alqueve, Selada das Eiras ou da Lomba e não relaciona de imediato estas aldeias ou locais com a passagem dos Ralis por Arganil?

É, pois, com enorme expectativa e ansiedade que toda a Região aguarda pela esperada decisão do ACP sobre qual a zona em que se irá disputar o Rali do Portugal 2015, sabendo-se que a sua mudança para norte é uma séria possibilidade, dado o consenso alargado em torno de tal opção, no qual participa a própria FIA.

Aliás, convém recordar que esta alteração só não foi concretizada em 2014 por falta de compromisso político na cidade do Porto, como foi imposto pelo ACP. Uma vez mais os interesses das grandes urbes do litoral condicionaram o desenvolvimento do Interior.

Quanto aos Municípios da Beira Serra é publica a sua disponibilidade para afectar parte dos seus já parcos recursos para os custos associados ao regresso do Rali de Portugal a esta região, tal é a sua importância para a sua própria coesão territorial.

Está provado que o investimento que necessariamente tem de ser efectuado apresenta um elevado retorno, tanto pelo impacto que exerce directamente na economia local como na sua promoção e notoriedade externa, sem esquecer o contributo para a auto-estima das populações que recordam vivências e experiências antigas.

Sendo unânime que o sector turístico tem margem para reforçar a sua importância no desenvolvimento económico da Região, e que esta se quer afirmar com um destino turístico de qualidade com elevada capacidade de atracção de turistas e visitantes, é fundamental aumentar a sua visibilidade externa e valorizar os seus factores distintivos, o que passará, entre outras soluções, pela realização de grandes eventos internacionais, como é o caso do Rali de Portugal.

Uma certeza existe: a região, através dos seus agentes económicos e sociais e da própria população, está unida e mobilizada para receber, com a hospitalidade que lhe é característica, um dos maiores acontecimentos desportivos que se realiza em Portugal.

Resta-nos o desejo de que em Abril de 2015 a Serra do Açôr e os seus habitantes voltem a sentir as emoções do Mundial de Ralis.

 

Publicado no Diário de Coimbra em 08.04.2014

publicado por miguelventura às 20:00

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