Só é vencido quem desiste de lutar

20
Mai 14

No próximo domingo realizam-se as eleições para o Parlamento Europeu, que terão uma importância acrescida pois irão, igualmente, determinar quem será o próximo Presidente da Comissão Europeia.

Tradicionalmente estas eleições são marcadas por elevados níveis de abstenção, já que os eleitores não se sentem motivados para participar num acto que julgam não lhes dizer respeito, aproveitando a oportunidade para se afastarem ainda mais da vida política nacional ou mesmo local.

Nada de mais errado.

A União Europeia e as suas políticas, estão mais presentes no nosso dia-a-dia do que possamos imaginar, na medida em que a sua acção não se restringe à disponibilização das ajudas financeiras que o País recebe, porquanto a legislação produzida em Bruxelas e em Estrasburgo, que é transposta para os quadros legislativos nacionais, influencia decisivamente as opções tomadas em cada um dos seus Estados-Membros. Acresce, entre outros exemplos, que a sua integração na “troika” foi mais uma importante e decisiva influência da U.E. no nosso país.

Por estes e muitos outros motivos, cada um de nós tem a responsabilidade de emitir a sua opinião sobre que futuro deseja para a Europa nos próximos anos, independentemente das suas legitimas opções políticas.

O exercício da abstenção não pode, não deve, servir de “biombo”, atrás do qual os cidadãos se escondem, por lhes faltar a coragem de assumir as enormes responsabilidades que lhes são conferidas através do voto ou por quererem demonstrar o seu desagrado e discordância pelo rumo que a Sociedade está a seguir.

Num País com uma democracia recente, com apenas 40 anos, temos também o imperativo de consciência de respeitar e honrar a memória de milhares de portugueses que combateram e sofreram para que todos os cidadãos fossem tratados por igual e pudessem exercer o direito cívico de escolher, através do voto, quem está em melhores condições de governar a coisa pública.

Também por este facto, votar é mais que um dever, é uma obrigação. As gerações actuais não têm o direito de desperdiçar este bem que lhes foi legado, por quem o queria exercer e não teve essa possibilidade.

No próximo domingo, a plena condição de cidadão só se completa quando nos deslocarmos à mesa de voto e nesse momento sermos capazes de emitir a nossa opinião de acordo com o que a consciência nos ditará.

No próximo domingo, não deixemos que outros decidam por nós!

 

Publicado no Diário de Coimbra em 20.05.2014

publicado por miguelventura às 20:00

06
Mai 14

Os Parceiros da ADIBER irão, no dia 9 de Maio, subscrever o “Compromisso Beira Serra 14-20”, confirmando publicamente a sua disponibilidade em contribuir activamente para a concepção da Estratégia de Desenvolvimento Local que será aplicada neste território nos próximos anos.

Este constituir-se-á como mais um importante momento de afirmação de uma Região que está mobilizada e preparada para não desperdiçar as oportunidades disponibilizadas no âmbito do Acordo de Parceria estabelecido entre Portugal e a U.E., demonstrando que quer assumir as responsabilidades que lhe estão conferidas.

Com efeito, estiveram bem a Comissão e o Parlamento Europeu ao atribuir às comunidades locais a possibilidade de desenhar as estratégias que entendam como as mais adequadas à resolução das suas necessidades e de aplicar as ajudas que lhe estarão associadas, co-responsabilizando-as num processo de desenvolvimento amplamente partilhado.

Ao consagrar a dimensão do DLBC – Desenvolvimento Local de Base Comunitária nos Regulamentos dos FEEI, as Instituições Europeias reafirmam o seu reconhecimento e confiança na capacidade evidenciada pela sociedade civil na gestão dos instrumentos de politica específicos para o desenvolvimento local, construídos com forte inspiração nas virtudes da abordagem LEADER.

O “Compromisso Beira Serra 14-20” apresenta-se como mais um passo no caminho que vem sendo trilhado conjuntamente, desde há vários anos, cujo resultado mais significativo tem sido o reforço do espírito de união e coesão entre as Instituições locais da Região, o que se apresenta actualmente como um importante capital que tem de continuar a ser valorizado.

Estão assim reunidas as circunstâncias para evidenciar que este território está apto e quer responder com eficácia a mais este estimulante desafio colectivo, determinante para o seu futuro e para a melhoria do bem-estar das suas populações.

Para tal, é fundamental que a estratégia a implementar, alicerçada na inovação, na criatividade e na competitividade, como factores de criação de riqueza, de valor acrescentado e de criação de emprego qualificado, seja capaz de retratar o sentimento e o pulsar da Região, na qual a generalidade do seu tecido económico, social, cultural e associativo se reveja e se sinta motivado para tornar realidade as metas aí definidas.

Mobilizar e envolver são os propósitos que norteiam a acção imediata de quem tem a responsabilidade de dinamizar este Território, não excluindo ninguém de um processo que é de todos.

Está, pois, nas nossas mãos fazer o que nos compete, dando o nosso contributo para ultrapassar os problemas que outros não têm coragem de resolver.

 

Publicado no Diário de Coimbra em 06.05.2014

publicado por miguelventura às 20:00

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