Só é vencido quem desiste de lutar

26
Ago 14

Por iniciativa do Presidente da União de Freguesias de Côja e Barril de Alva, irá decorrer no próximo dia 30 de Agosto um debate sobre a importância que o sector turístico poderá assumir na dinamização económica e social desta vila do Concelho de Arganil.

Com efeito, num momento em que finda mais uma época alta do Turismo nesta Região e quando estão em discussão e preparação as Estratégias de Desenvolvimento, locais e regionais, que orientarão a aplicação dos fundos comunitários disponíveis até 2020, é gratificante verificar que os poderes públicos mais próximos das populações e dos problemas, também se preocupam em discutir o seu futuro e em descobrir novos caminhos que conduzam a uma melhor qualidade de vida de quem vive nos seus territórios.

Após um período marcado pelo colapso industrial da vila de Côja, importa dar resposta aos dilemas que entretanto emergiram e encontrar novas oportunidades facilitadoras da fixação da população, sobretudo a mais jovem, com base no aproveitamento de riquezas endógenas únicas, que distinguem e colocam esta zona em lugar de destaque entre as que apresentam uma oferta diversificada e um elevado potencial de atracção de visitantes.

A Serra do Açôr, o Vale do Alva, a Área de Paisagem Protegida, a Aldeia Histórica do Piódão, as Aldeias do Xisto, a riqueza do património natural, rural, arquitectónico e histórico, a excelência da gastronomia, a cultura e as tradições, a existência de novas unidades de alojamento de qualidade, são alguns dos exemplos do que de melhor o Alto Concelho de Arganil, de que Côja é o principal pólo urbano, tem para partilhar com quem o visita, aliado, claro está, à hospitalidade e à arte de bem receber das suas gentes.

Este Colóquio deverá assim constituir-se como um contributo fundamental para o processo de estruturação de toda a oferta, para o que se torna determinante mobilizar e envolver os actores que já estão no terreno que, no âmbito de uma plataforma de colaboração e cooperação, possam potenciar ganhos de escala que visem aumentar a competitividade e a sustentabilidade dos seus investimentos e/ou equipamentos.

Por outro lado, torna-se essencial identificar as lacunas existentes e modelos de atracção de novos empreendedores que, em complementaridade com os já instalados, criem novos empregos, riqueza e provoquem uma dinâmica mais intensa, reduzindo a forte sazonalidade que caracteriza o sector e desmotiva todos os agentes que lhe estão associados

Enquanto a discussão não acontece, regista-se a preocupação dos responsáveis de uma Freguesia que não se resignam e assumem uma atitude pró-activa na busca de soluções que possam devolver uma nova vida à vila de Côja e à sua zona de influência.

Sem duvida, um exemplo a seguir.

 

Publicado no Diário de Coimbra em 26.08.2014

publicado por miguelventura às 20:00

12
Ago 14

Já aqui escrevi sobre a importância do envolvimento da diáspora da Beira Serra nos seus processos de desenvolvimento.

Contudo, existe uma população residente, em numero crescente, que não sendo originária da Região aqui se tem fixado e contribuído para criar uma nova e diferenciada dinâmica a nível social, cultural e económico, que também deverá ser envolvida.

Refiro-me à comunidade estrangeira oriunda de países do Norte da Europa, que se encantou pelas belezas naturais da Região e com a hospitalidade das suas gentes e aqui se tem enraizado, seja com o objectivo de vivenciar novas experiências num período da sua vida em que não exercem qualquer actividade, seja para investir em iniciativas empresariais, colocando ao serviço da Beira Serra as suas competências e conhecimentos com projectos diferenciadores de elevada qualidade.

Por outro lado, os investimentos concretizados por estes cidadãos ao nível da recuperação do património rural, nomeadamente de casas abandonadas, permite criar um ambiente rural mais moderno e potenciar um significativo volume de negócio às pequenas empresas de construção civil, a que se alia a agitação da dinâmica comercial das vilas da nossa Região, provocada por este fluxo de novos residentes que ajudam a gerar níveis de receitas mais elevados, minimizando as perdas provocadas pelo êxodo da população local, e ajudando a manter alguns dos empregos existentes.

Num território que sofre de um acentuado despovoamento, que se revela no abandono de aldeias e no envelhecimento da população, garantir condições facilitadoras da integração plena destes imigrantes nas nossas comunidades locais, deverá ser encarado como uma prioridade e como um interessante instrumento de combate a este flagelo, devolvendo à paisagem a presença humana, conferindo-lhe uma nova vida e tornando-a mais atractiva.

Compreendendo a importância dos imigrantes na revitalização das suas comunidades, vários Municípios estão já a desenvolver acções que visam promover o acolhimento da comunidade estrangeira nos seus Territórios, prestando-lhes auxilio na sua integração plena e no contacto com as populações locais, derrubando as barreiras sociais que existem nestes processos. O desenvolvimento de aulas de português, de formação cívica, a realização de mostras interculturais e de espaços de troca de experiências, são exemplos do trabalho já a decorrer, o qual tem merecido uma excelente adesão por parte dos seus destinatários.

Importa pois trilhar e intensificar este caminho de ouvir e sentir o pulsar destes novos povoadores, estimulando-os e motivando-os a partilhar as suas competências, contribuindo para a afirmação de uma Região amiga que sabe receber quem vem por bem e quer construir um futuro mais competitivo e inclusivo.

 

Publicado no Diário de Coimbra em 12.08.2014

publicado por miguelventura às 20:00

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