Aproximando-se o início de um novo Ano, formulo votos que o mesmo possa representar a concretização das ambições e as expectativas que cada um aspira para a sua vida pessoal, familiar e profissional.
A situação que o País vive e que afecta os portugueses continua a criar descrença nos cidadãos, muito em especial nos que mais sofrem e aguardam ansiosamente por dias menos sombrios, a partir dos quais lhes seja devolvida uma maior dignidade à sua vida.
É consensual que a criação de emprego é o principal factor que contribuirá para esse desiderato, pelo que é determinante por um lado estimular a actividade económica e por outro capacitar as pessoas com as competências requeridas para responder às exigências que lhes são propostas.
Com a entrada em vigor do Portugal 2020, em que a prioridade está direccionada para a competitividade da economia e para o emprego, estão definidas algumas medidas facilitadoras da concretização de iniciativas empresarias e para projectos de formação e qualificação que ajudarão a atingir os objectivos propostos.
Contudo, a disponibilidade de meios financeiros não é, por si só, a chave para a resolução deste grave problema da nossa sociedade.
Esperança e confiança são atributos que se exigem a todos quantos almejam ultrapassar as condições em que se encontram na actualidade.
Esperança de que as políticas publicas a implementar sejam efectivamente direccionadas para a resolução dos problemas dos portugueses, colocando-os no topo das suas prioridades, ajudando a criar um ambiente mais optimista em que sejam esbatidas as diferenças e ultrapassadas as discriminações que, infelizmente, continuam a alastrar. Esperança de que um olhar diferente, mais solidário e mais justo, sobre a realidade actual, seja efectivamente concretizado.
Confiança porque temos de acreditar em nós próprios, nas capacidades e competências que cada um possui e sobretudo na nossa capacidade criativa para superar as dificuldades e tornar realidade as ambições que legitimamente identificamos e definimos para o nosso futuro individual e colectivo.
É um erro interiorizar que dependemos exclusivamente da acção de terceiros, em que apenas outros têm responsabilidades em resolver as contrariedades que nos afectam. Pelo contrário, há que ter consciência que é em cada um de nós, nas nossas escolhas e no que somos capazes de fazer e de construir, que se encontra a outra chave necessária para abrir a porta que dá acesso à prosperidade e a uma melhor qualidade de vida.
Que o ano 2015 se baseie nestas premissas e que, com persistência, determinação e optimismo, saibamos todos, e em conjunto, trilhar o caminho do sucesso e da felicidade.
Publicado no Diário de Coimbra em 30.12.2014