Com vista à resolução mais eficaz dos problemas sociais que ocorrem permanentemente, entendo que devem estar a funcionar em pleno os mecanismos previstos na lei, de modo a que possa ser garantida uma melhor cobertura e organização das respostas e dos equipamentos sociais disponíveis, sobretudo ao nível da articulação dos recursos e da circulação da informação entre os vários parceiros locais.
Em muitos casos, as respostas falham não por escassez dos recursos existentes, mas sim pelo facto dos mesmos não estarem devidamente identificados e não existir uma cultura de parceria efectiva e dinâmica que possibilite a partilha dos meios, optimizando a sua utilização e a sua eficiência.
É neste contexto que considero ser oportuna a criação das Comissões Sociais de Freguesia no Concelho de Arganil, enquanto Órgão da rede social, que a um nível mais próximo das populações e por conseguinte com um conhecimento mais profundo da realidade social local, devem sinalizar as situações de pobreza e exclusão social existentes e colocar em prática com maior rapidez e eficácia, as soluções mais adequadas à resolução dos problemas identificados.
A criação destas estruturas, deve assumir-se como um factor de partilha das responsabilidades que estão associadas a cada parceiro local e ao mesmo tempo incutir uma maior consciencialização colectiva para a resolução dos problemas sociais que afectam cada comunidade.
Quando se assinala o Ano Europeu de Combate à Pobreza e à Exclusão Social, este será um importante passo no sentido de motivar e mobilizar os cidadãos para uma causa que deve ser de todos, assumindo um compromisso com a solidariedade, com uma maior justiça social, já que a pobreza e a exclusão de um individuo implicam, necessariamente, o empobrecimento de toda a Sociedade.